Neste sábado, dia 28 de maio, mais de trinta organizações marcharam na Avenida Paulista, em defesa da liberdade de manifestação, expressão e organização política. No sábado passado, a Marcha da Maconha foi brutalmente reprimida, rendendo imagens tristes que nos fizeram lembrar a Ditadura Militar: bombas de gás, balas de borracha, bombas de efeito moral, cassetetes, brutalidade, socos e pontapés... A democracia sangrou na Paulista.

A violência teve efeito imediato: mesmo que não defende a legalização da maconha indignou-se com a ação da polícia. Autoridades, jornalistas e intelectuais manifestaram sua indignação diante do ocorrido. Apenas algumas vozes isoladas, como a do reacionário-mor Reinaldo Azevedo (o Bolsonaro do jornalismo), levantaram-se em defesa da brutalidade indefensável da polícia paulista. Até mesmo a Folha de São Paulo posicionou-se, por meio de um editorial, denunciando as agressões que atingiram não apenas os manifestantes, mas também aos jornalistas presentes.

A resposta foi primorosa: mais de 4000 pessoas marcharam neste sábado, em defesa da liberdade. Ocuparam a Avenida Paulista com beleza e alegria, e também com justa indignação. A imagem que ilustra esta postagem não deixa dúvidas quanto ao espírito ao mesmo tempo revoltado e desarmado dos manifestantes, que ofereceram flores aos policiais presentes ao ato, que transcorreu sem maiores problemas.

A nota triste segue por conta do lastimável desembargador Teodomiro mendez, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que irresponsavelmente proibiu a manifestação, mais uma vez. Ao que parece, o ilustre operador do Direito gosta mesmo de sangue e violência, não apenas por sua tentativa de mais uma vez jogar a polícia paulista contra manifestantes desarmados, mas elo já sabido processo que o condenou por agredir violentamente a um trabalhador dentro da cela de uma cadeia, com a conivência dos responsáveis. E eu que achava que os magistrados tinham de ter uma filha limpinha...

Que este senhor desprezível não manche a beleza do povo nas ruas.

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